Bebidas alcoólicas – Se beber, não poste!

porFernanda Mograbi Jabbour

Bebidas alcoólicas – Se beber, não poste!

A propaganda de bebidas alcoólicas já é feita pela própria indústria para incentivar seu consumo pois claro, ela precisa vender seu produto. Mas nós, não.

Quando postamos fotos ou vídeos ou fazemos lives estamos estimulando ainda mais este consumo, fazendo uma propaganda ainda melhor que os próprios anunciantes. Mais eficazes ainda são as lives dos artistas, celebridades, influenciadores, ídolos com milhares de seguidores regadas a bebidas alcoólicas. Algumas até patrocinadas pela indústria (uma marca que patrocinou uma live onde houve consumo excessivo de álcool está sob investigação no CONAR (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária).

A mensagem passada em todos os casos é a de que a vida é muito mais divertida com álcool, ou ainda, de que só existe diversão e felicidade com álcool. Isto é ainda mais preocupante quando o público que recebe a mensagem é composto por crianças e adolescentes (que são, em grande parte, seguidores destes artistas) que muito possivelmente terão uma visão distorcida do álcool. Até os 25 anos o cérebro ainda está em formação, sendo assim, quanto mais precoce é o uso de qualquer substância psicoativa maior é a probabilidade de desenvolvimento da Dependência Química e de outros transtornos psiquiátricos.

Dependentes químicos são vulneráveis a todo este estímulo pois pode levá-los a recaídas ainda mais neste momento onde os sentimentos de angústia e ansiedade estão mais aflorados.

Bebidas alcoólicas – para refletir:

Será que queremos mesmo estimular o uso do álcool assim como fazem a indústria e os artistas?

Sobre o Conar:

Constituído por publicitários e profissionais de outras áreas, o CONAR é uma organização não-governamental que visa promover a liberdade de expressão publicitária e defender as prerrogativas constitucionais da propaganda comercial.

Sua missão inclui principalmente o atendimento a denúncias de consumidores, autoridades, associados ou formuladas pelos integrantes da própria diretoria.

As denúncias são julgadas pelo Conselho de Ética, com total e plena garantia de direito de defesa aos responsáveis pelo anúncio. Quando comprovada a procedência de uma denúncia, é sua responsabilidade recomendar alteração ou suspender a veiculação do anúncio.

O CONAR não exerce censura prévia sobre peças publicitárias, já que se ocupa somente do que está sendo ou foi veiculado.

Mantido pela contribuição das principais entidades da publicidade brasileira e seus filiados – anunciantes, agências e veículos –, tem sede na cidade de São Paulo e atua em todo o país. Foi fundado em 1980.

Sobre o Autor

Fernanda Mograbi Jabbour administrator

Psicóloga - PUC/SP – (CRP 06/57550) Especialização em Dependência Química – UNIFESP Psicóloga Clínica especialista no atendimento de pacientes com Transtorno por Uso de Substâncias Consultora Empresarial em Programas de Prevenção do Transtorno por Uso de Substâncias

Deixe uma resposta